O bambolê girava de modo preciso. Pernas, braços, cintura, em uma sincronia impressionante. Um balé de cores, luzes e brilhos. A cada movimento mais ousado o público deixava de respirar, para em seguida soltar um suspiro de alívio.
Aplausos, aplausos. Todos deslumbrados com a beleza do espetáculo. E por estarem preocupados demais com o rebolar dos bambolês, não foram capazes de perceber as lágrimas que faziam escorrer a maquiagem.
Não repararam na tristeza daquele sorriso, no abandono daquele corpo envolto em bambolês.
Se alguém entrasse no teatro depois daquele espetáculo, observaria o silêncio dos aplausos, a escuridão das luzes e os vários bambolês coloridos jogados ao chão, enfeitando um belo corpo moreno.
Thaty! Estou adorando seu blog, rsrs.. Você escreve muito bem! Parabéns. ;)
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