Na última vez que nos reunimos, me lembro muito bem, estava uma noite estrelada, era possível fechar os olhos e sentir uma brisa suave acariciar o rosto. Caminhávamos lentamente, sem pressa para chegar. Às vezes parávamos e observávamos as pessoas ao redor, sempre tão apressadas, sempre tão ausentes. As pessoas me fascinam, gosto de pensar que elas realizam uma espécie de dança inconsciente. Os passos marcados, os espaços delimitados e quando um dos dançarinos erra a passada alguém sempre acaba se machucando. As pessoas são contradições em busca da felicidade. Essa busca absurda sempre me faz rir. Na verdade nunca entendi esta lógica: o ser humano sempre diz que quer alcançar a felicidade, mas nem ao menos entende o que isso significa. Eles ainda precisam entender o real sentido de tudo isto. Mas, nem olhe para mim, eu não sou a melhor escolha para obter esta explicação. E, mesmo que soubesse, não contaria. Não quero que tudo perca a graça. Um dos meus melhores passatempos é ob...